sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Nosso Lar

Gente, primeiro quero falar uma coisa pra vocês. Estreou o filme Nosso Lar! O filme, baseado na linda e esclarecedora obra de Chico Xavier, é sobre a vida após a morte. Quem não sabe fica sabendo que sou espírita de carteirinha e acredito fielmente que somos demasiadamente pequenos diante da grandeza do mundo. Sempre acreditei que a vida não acaba com a morte e o filme retrata exatamente isso. Não quero convencer ninguém do que acredito, mas quem quiser e/ou tiver curiosidade de saber mais sobre o assunto vá ao cinema nesse fim de semana de estréia pra garantir o sucesso do filme!

Nem sempre fui espiríta. Aliás dizia ser católica mas até hoje não sei porquê fiz a primeira comunhão e o que ela significa. Lembro que na época diziam que era o meu primeiro encontro com Cristo. Mas, e os nove anos antes da comunhão, Cristo não queria saber de mim? Acredito não! Pra mim Cristo e Deus são a mesma pessoa, a mesma força que faz tudo, tudo mesmo, andar. Ele é o mentor de todos nós, o que determina onde e quando tudo pode acontecer. 

Mas antes de ser espírita eu fui a todo tipo de lugar. Já fui a terreiro, já vesti roupa de santo, já cantei na gira, já passei o carnaval em retiro na Igreja Evangélica, já fui à reuniões budistas e a cultos hare krishna, sei algo sobre o Torá e sobre o Alcorão. O que posso dizer é que pra mim Deus é um só e o nome que você dá a ele não importa.

Acredito que estamos aqui com um propósito que é o de aprender. Nos livrar de coisas pequenas, praticar o amor ao próximo, esquecer as mágoas e outros milhões de ensinamentos que, se olharmos e prestarmos atenção, estão a nossa volta. Se quisermos podemos aprender algo todo dia. Vou roubar o exemplo que a Jú me contou, mas que ilustra tanto o que quero dizer: A Ju trabalha na mesma empresa que tira os óleo do chão que eu, mas no setor dela, tem um programa de incentivo à contratação de pessoas com síndrome de down. Pra quem não sabe os portadores dessa doença são muitas vezes extremamente carinhosos, sentem necessidade de abraçar e serem abraçados. Ela trabalha com um menino de quem ela gosta muito e dia desses ela me contou que falou com ele assim:

- Nossa, você está muito feliz hoje!
Ao que ele respondeu:
- Júlia, eu sou feliz!

Isso mecheu tanto comigo (acho que nem a própria Jú sabe quanto) que me colocou pra pensar. Eu sou uma pessoa reclamona. Além do bichinho de imaginação fértil, eu tenho o dom de fazer a vida de qualquer terráqueo um inferno (talvez até o ET ficasse puto da vida comigo). Eu já contei aqui algum desses problemas, mas se eu for me estender não teria um blog e sim um livro e não é o objetivo do post. Ando tentando controlar esses "desvios de comportamento" porquê acredito que a gente pode melhorar se realmente quiser. 

Fato é que pra mim isso é um puta ensinamento. Afinal, ele tem síndrome de down, não vai viver metade das sensações que eu já experimentei, mas ele é feliz! Acho que nunca disse eu sou feliz! Estar feliz é bom, mas bom mesmo é ser feliz! Eu sou perfeita (falo fisicamente, em saúde), não me falta nada, tenho tantas coisas boas, como assim não sou feliz? 

Tá, mas o filme não era sobre a vida após a morte? Por quê você tá ai falando de vida pré-morte? A vida não acaba, ela continua, em outro lugar pra dar mais uma oportunidade de você aprender aquilo que não conseguiu por aqui. E se você se esforçar pra aprender antes de morrer, quando isso acontecer e você acordar na sua nova vida você já terá felicidade suficiente pra saber que ao menos tentou ter seu dever cumprido.

Então pessoas, abram suas cabeças, esqueçam pré-conceitos, assistam ao filme sem pretensão alguma. Estamos sempre aprendendo algo, ainda que seja a respeitar a opinião do próximo.

Beijos

2 comentários:

Ju disse...

Hoje eu e o Mário fizemos um curso de webwritting, e o tinhamos que fazer um exercício, escolhemos escrever sobre o filme nosso lar, engraçado, não?

Vc é a pessoa que conheço que tem mais diversidade religiosa! hahahah Ok, nunca fui católica, apenas batisada e já passei pelo johrei, e depois só pelo espiritismo. Já li um livro de buda, mas na verdade pq por mais que eu seja espirita acredito que a maior religião é o amor, a caridade. E esse é um dos ensinamentos mais pregados por chico, fora da caridade não há salvação.

Acho bacana ter um filme deste porte sendo lançado nacionalmente!

O Gui para mim é realmente um aprendizado diário! Ele tem os seus momentos ranzinzas, mas mesmo assim, amo ele!

beijocas ,ju

Anônimo disse...

Oi, Geli!

Só para desejar feliz aniversário!


Muita alegria, saúde, sorte e paz na sua vida!

Abrace com toda a vontade essa nova fase (e numeração) na sua vida que estamos apenas começando.

Bjs e comemore bastante!