quinta-feira, 7 de maio de 2015

Apenas mais um Dia das Mães

Outro Dia das Mães que chega. Não que eu sinta que esse será especial, pois pra mim todo dia é dia das mães. É clichê, claro, mas se eu não posso deixar de ser mãe por um horinha sequer como não ser todo dia o meu? Mãe é trabalho pra 24 horas por dia, 7 vezes na semana, não tem férias, não tem licença, não tem feriado ou dia santo. Assim, eu poderia passar horas aqui dizendo o quanto é difícil (e é pra caramba), mas hoje só hoje vou falar sobre fatos de mãe.

1) Eu me emociono com qualquer propaganda de mãe.
2) Me emociono com qualquer nascimento de um bebê.
3) Sorrio pra qualquer bebê na rua (e nunca nunca toco nesse bebê porque sei o quanto irrita: não se deve tocar um bebê desconhecido).
4) Vejo fotos de grávida e me arrependo de não ter feito um só ensaio de grávida e olhem que eu tive 2 gestações!
5) Acho que não tirei fotos suficientes. Por exemplo, não tenho uma foto minha grávida da Laura com a Luiza.
6) Perdi muito tempo tentando ser uma mãe perfeita pra Luiza.
7) Sou uma mãe muito melhor pra Laura e longe de ser perfeita.
8) Amo minhas filhas de uma forma que não dá pra explicar: por elas eu morreria 20 vezes e renasceria 50. Mato um leão, levanto um avião e faço o impossível desde que seja o que elas precisem.
9) Me arrependo de desejar que cresçam porque isso acontece e é tão rápido que deveria ser proibido.
10) Sempre as observo dormindo.
11) Digo todos os dias que eu as amo muito e que são muito importantes pra mim.
12) Agradeço todo santo dia pelas vidas que me foram confiadas.
13) Penso na minha mãe todos os dias e tenho por ela uma gratidão eterna e hoje entendo toda e qualquer atitude dela como mãe.
14) Agradeço às minhas filhas por elas serem minhas filhas, por terem me escolhido.
15) Filhos não trazem felicidade mas as minhas me fazem mais feliz.
16) Não desejo nada pra elas além de toda felicidade que alguém possa ter.
17) Tento criá-las pro mundo.
18) Virei uma pessoa melhor pra ser um bom exemplo pra elas.
19) Amo amamentar. Dói o fato que não amamentei a Luiza pelo tempo que amamentei e amamento a Laura.
20) Gostaria de ter mais tempo pra ser mãe.
21) Gostaria de ter tido mais tempo sendo só mãe da Luiza antes de me tornar mãe da Laura.
22)  Temo pelo mundo em que vivemos e temo mais ainda do que ele será daqui 20 anos.
23) Tenho um pavor enorme de não lembrar das minhas filhas em detalhes quando crescerem.
24) Queria que alguém inventasse um perfume com o cheirinho delas, pra eu nunca esquecer.
25) Mesmo estando exausta, lá no íntimo do meu coração, acho que faria isso mais vezes.

Feliz Dia das Mães.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Precisamos falar sobre nossas crianças

 "Eduquem-se os meninos e não será necessário castigar os homens" - Pitágoras. 

Precisamos falar sobre Kevin é um filme de 2011 que revela um embate bastante em voga: infância vs futuro. Kevin nasceu de uma mãe problemática que não desejava ter filhos mas mesmo assim teve por pressão do marido e da sociedade. A relação mãe e filho nunca se consolidou e o resultado é uma festival de maldades praticadas por Kevin sem que sua mãe conseguisse chegar até o seu coração. Por fim, Kevin comete uma chacina na escola onde estuda, uma tragédia comum nas escolas americanas.

Precisamos falar sobre nossas crianças. Essas crianças de hoje são o futuro e se não fizermos algo seremos sujeitos a degradação da infância que ocorre nos dias de hoje. Essa semana morreu um jovem de 23 anos após ingerir 30 doses de vodca. O que leva um jovem a ingerir 30 doses de vodca???? Junto a ele outros tantos que não morreram mas precisaram ser atendidos em Unidades de Saúde. 

No perfil do Facebook do jovem, sua citação favorita: "melhor morrer de vodca do que de  tedio". Nossos jovens estão entediados?

 Muito se fala em redução da maioridade penal para 16 anos. Minha humilde opinião é à favor da redução (lembre que opinião é igual bunda, cada um tem a sua). Atualmente a maioridade penal chega aos 18 anos, acho que reduzir para 16 somente dificultará a vida de quem usa essas crianças menores para praticar crimes sem punição. 

Isso, porém, não é o foco da questão. Ontem, ao caminho de casa, uma mulher de rua batia no seu filho que deveria ter a idade da minha filha mais nova: 1 ano. Tive vontade de enforcar a vaca, mas isso só me causaria problemas. Doeu meu coração ver aquele pingo de gente claramente magoado com a mãe que gritava e batia nele por motivo que nem ela sabia. Essa criança crescerá e o que será dela?

Crianças são seres dotados de amor e compreensão que nós adultos muitas vezes não enxergamos perdidos em nossos próprios problemas. O que torna uma criança pura e livre de maldade é sua inocência. Precisamos cuidar das crianças pra que não seja necessário colocá-las atrás de grades. Não é ódio ou preconceito o que me leva a crer (não é uma verdade absoluta) que depois que se perde a inocência, não há mais o que fazer.

Tenho duas filhas e uma responsabilidade absurda de torna-las pessoas de bem ou ao menos pessoas conscientes do bem ou do mal que praticam. Como fazer isso sem correr o risco de que elas se percam? No meu caso, tenho uma estrutura familiar e econômica para procurar fazer isso positivamente. O que dizer, porém, dessas crianças que nascem jogadas à sorte? Mais e mais crianças nascendo sem estrutura, sem condição, sem amor, sem o básico de saúde e educação. O que será delas?

Mais importante do que a redução da maioridade penal é falar sobre as nossas crianças. O que será feito pelas crianças?

Recentemente foi promulgada a lei chamada "Lei da palmada" que em linhas gerais proíbe a mãe de bater nos seus filhos sob o argumento de que violência gera violência. Mais estapafúrdio é o Governo achar que assim erradica a violência infantil. Crianças continuam sendo espancadas, muitas mortas, vítimas de pais e mães despreparados e incapazes. 

Precisamos falar sobre nossas crianças. Elas serão o futuro onde as minhas filhas e os filhos de vocês viverão. 

Clamam por revolução política. Eu clamo por uma REVOLUÇÃO INFANTIL. Vamos prestar atenção nas crianças!