terça-feira, 28 de maio de 2013

Shanta o quê??

Shantala... Ah, a Shantala! Como desejei que funcionasse... Como desejei que a minha filha aproveitasse a massagem que eu queria aplicar com todo o carinho do mundo! Não sabe o que é? Leia mais aqui.

Como disse, Luiza teve muita cólica - foram 4 meses de sofrimento: dela e meu  (e do pai dela, também)! Elas surgiram com mais ou menos 20 dias de vida, ficaram críticas por volta dos 2 meses e meio e finalmente acabaram por volta do 4º mesversário da Luiza. Foi barra! De 18:30/20h até 22:30/00:00 nada acontecia na minha casa a não ser choro e mais choro (do bebê e meu); isso quando não acontecia, também, ao longo do dia!

Eu dei chupeta e me arrependi (porquê disseram que dava mais gases e depois desarrependi porquê ganhava alguns minutos de silêncio), eu dei Endorus e não senti diferença, eu dei Luftal e não senti diferença, eu deixei de tomar leite de vaca e derivados e não senti diferença. Aliás, nada que eu fizesse fazia diferença. O que me ajudou foi o secador (de cabelo, se quiser saber mais) e uma bolsa de ervas que colocada no microondas fazia milagres.  O resto foi paciência e muito colinho. 

Antes, porém, de usar a bolsinha eu tentei chá de camomila e de erva-doce e me perdoe o pessoal da antiga, isso não serve pra nada (se eu tiver um segundo filho com cólica não daria). Ah, e tentei a Shantala! Com direito a toalhinha aquecida, óleo natural, mão aquecida e todo o ritual que prometia resolver o problema!

E advinha o que aconteceu?? Luiza chorou mais e mais!! Eu tentava fazer a massagem, com suavidade e carinho e ela chorava e chorava, ai só pegando no colinho pra acalmar e se colocasse na cama de novo lá vinha mais chororó! Eu insisti, sabe? Parecia tão bonito, assistia vídeos no YouTube e via aquelas crianças curtindo, interagindo com a mãe... E Luiza? Interagia também...mostrava uma garganta como ninguém!!

A pediatra da época chegou a cogitar a hipótese de intolerância a lactose e alergia à proteína do leite da vaca. Apesar de Luiza ter muita cólica, não apresentou refluxo, assaduras, diarreia, vômito ou qualquer sintoma que pudesse estar relacionado aos problemas acima. Ela teve cólica e gases e só! Cheguei a ir, por recomendação de uma amiga, no Instituto Fernandes Figueira pois um outro pediatra da Luiza disse que a pega da Luiza no meu seio estava errada e ela estava ingerindo mais ar do que deveria. Adorei o IFF, mas foi difícil fazer a Luiza, que já estava com 1 mês e 22 dias pegar o peito de maneira diferente (até hoje a pega dela é  um pouco errada). Aliás, eu recomendo muito o IFF para dúvidas e incentivo à amamentação.

Infelizmente não há muito o que fazer em relação à cólica nos bebês. Não se sabe ao certo porquê uns tem e outros não, ocorre com primeiros, segundos ou terceiros filhos e tanto em meninas como em meninos. O importante é prestar atenção no bebê pra garantir que o choro é decorrente disso e não de outro problema, uma vez que é muito difícil saber o motivo do choro de um bebê.

A boa notícia é que passa! Enquanto isso, você pode ir tentando as 999 dicas que todo mundo dá quando o bebê está chorando com cólica (e você desejando que o povo vá catar coquinho) e também a tal shantala!

Shanta o que??? Pra mim, não deu!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Espelho, espelho meu: existe alguma mãe melhor que eu?



Lasque-se a mais bela, o que eu quero é ser a melhor das mães! A bruxa má (e bela) que me desculpe!

É que ser mãe é uma coisa competitiva! Nasceu o filho ( e uma louca competidora também), foi dada a largada - "Nasceu com quantos quilos?", "Quantos centímetros?" Perguntas aparentemente inofensivas até que começam as inevitáveis comparações!

Seu filho nasce com 3,290kg e 49 cm. O de fulana com 3,300kg e 50cm ? Humm, nasceu muito maior do que o meu!!! E se nunca pensou algo parecido, você é uma abençoada e mentirosa!

Porque tudo que alguém faça aparentemente melhor do que você é uma pulga atrás da orelha. Se um bebê cresce mais que o seu, logo vem a pergunta: será que estou alimentando a cria corretamente??

Quem nunca questionou o pediatra sobre algum assunto dizendo: "Sabe o quiquié... A filharada alheia faz, a minha não..."??? Por exemplo, Luiza (minha filha) custou a aprender a rolar. Sim, eu colocava ela de bruço e seguia todo o protocolo incentivador e ela O-DI-A-VA! E eu insistia e várias vezes desisti pois achava que era melhor não rolar do que chorar... Só que todo mundo queria saber se ela já rolava, corria, fingia de morto e o cacete a 4! E eu preocupada... Ai ia no pediatra e "Sabe o quiquié... a filha de fulano com 6 meses já rolava, sentava e engatinhava... a Luiza, poxa, nem rola..."

E o pediatra, pacientemente, explicava que cada criança tem seu tempo, que as crianças não são iguais e que temos que respeitar o passo de cada uma e que ESTAVA TUDO BEM COM A LUIZA. A título de curiosidade, Luiza rola, senta e já engatinha (com 7 meses e meio apesar da aparente demora)!!!

Mas, ai vem a amiga do blog do lado e comemora que a criança dela andou aos 9 meses e você já começa a se preocupar novamente... Será que eu sou a única louca? Favor não emitir opinião.

Fato, toda mulher quer ser a melhor mãe. E a gente compete entre si. A competição é velada e não há trapaças (apesar de ter mãe que mente, principalmente sobre o assunto mais tenso de todos que é dormir a noite toda), mas a gente compete entre si. Creio, porém, que é inofensivo pois o que queremos mesmo é que nosso filho se desenvolva forte, feliz e saudável. Ah, e o filho dos outros também!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Criticando a mãe alheia


Eu sou do tipo que literalmente sempre cagou pro que os outros pensam. Era total adepta do falem mal, mas falem de mim e pensava que opinião é igual bunda, sabe? Cada um tem a sua.

Só que aprendi uma coisa com a maternidade: não se critica a mãe alheia (nunca). E daí, que quando o assunto é a forma como cuido da minha filha (ou qualquer coisa relacionada a ela), eu me preocupo com o que os outros falam: se for crítica eu fico mordida (leia-se emputecida com os olhos ardendo em ódio) e se for elogio eu fico me sentindo (leia-se cheia de orgulho).

Porque a forma como cuidamos de nossos filhos é muito pessoal (perdoem a redundância) e o particular de cada mãe é assunto indiscutível. A bandeira que eu levanto é: JAMAIS CRITIQUEM A MÃE ALHEIA.

Você não sabe quem é aquela mãe, o que ela passou ou passa, como ela foi  criada, em que condições (ou sem condição alguma) cria seu filho. Não sabe se é mãe solteira ou com marido (que ajuda ou atrapalha), não sabe se ela está num dia ruim, se está cansada, se está com dor de cabeça, se tem dois empregos pra cuidar do filho ou se simplesmente optou por ir a manicure pois não aguentava mais roer cutícula.

Tem mãe que cria filho pra si, mãe que cria pro mundo e mãe (como eu) que cria pra si e pro mundo. Tem mãe que amamenta e curte (EU EU EU), tem mãe que amamenta por obrigação e tem mãe que não amamenta. Tem as que não amamentaram porque não puderam e as que não amamentaram porque não quiseram. E quem somos nós pra julgar?

Falo isso porque já me peguei criticando a mãe alheia e também já fui criticada. E dói. Dói porque lá dentro incomoda de alguma forma. Quem não quer ser o modelo de super mãe, livre de falhas e elogiada por todos?? Quando o assunto é filho, acho que a maioria (olha a crítica implícita) é leoa e está pronta pra grunhir, esfolar e até mesmo matar ao sinal de qualquer ameaça e isso inclui receber críticas.

Cada mãe é única e o meu jeito de cuidar pode não ser bom pro seu filho. O meu jeito de ser mãe (que é meu e de mais ninguém) é bom (espero) pra mim e pra minha filha. Assim, vamos lá: ninguém é melhor ou pior mãe porque pariu naturalmente ou teve cesárea, ninguém é melhor ou pior mãe porque amamenta ou não, ninguém é pior ou melhor mãe porque deixa ver televisão ou não, ninguém é melhor ou pior mãe porque não deixa o filho chorar ou permite que chore. 

Os seus motivos são seus e cada uma sabe onde a ferida coça. Assim como os conselhos do pediatra, que nem sempre devem ser levados em consideração - POIS ELE NÃO DORME NA NOSSA CASA, guarde seus comentários pra si e continue sendo a mãe que é ( e torça pra não ser criticada).

Se não é mãe ainda: - "Perdoe PAI, elas não sabem o que dizem!" (Sim, a coisa é meio Jesus Cristo mesmo).


                  

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Para a minha mãe

Ontem foi Dia das Mães e eu chorei e me emocionei muito, afinal o primeiro a gente nunca esquece!! Acordei com marido desejando feliz dia das mães, bebê mamando deitadinha com a mamãe, muito paparico, florzinha e café prontinho me esperando (além do habitual soninho até mais tarde porquê domingo é dia de mamãe dormir até as 9 da manhã enquanto bebê fica com o papai). Fomos para a casa da minha mãe, A.K.A A Melhor Mãe do Mundo, ganhei presentinhos dos irmãos, da minha mãe e o melhor presente do planeta!!! Assista AQUI.

E como era dia das mães, eu me peguei pensando na minha... Atire a primeira pedra aquela que nunca reclamou da mãe. Eu assumo que reclamei, e muito, da minha! Disse que a odiava, disse que ela não sabia das coisas, disse que ela era uma péssima mãe e que não queria a minha felicidade. E me arrependo disso. Ok, que eu só me arrependi quando a minha filha nasceu (e senti na pele a maternidade), mas eu me arrependi.

Nossa, e como! Coitada, mãe, que teve que ouvir isso depois de tanta dedicação. Por várias e inúmeras noites em claro, pelo pós-parto, pelos dilemas de ser uma nova mãe (com 21 anos!!!), pela falta de experiência, pelo bico do seio rachado, pelas dúvidas, pelo esforço de continuar sendo mulher após a maternidade... pelo fato de ter dedicado uma vida inteira à mim (e continuar dedicando e agora à Luiza)... E eu só sou mãe há 7 míseros meses!!! Imagino o que vou sentir se Luiza disser que me odeia (e eu tenho quase certeza que ela dirá isso um dia, não importa o quanto legal eu vá ser como mãe), que eu não sei das coisas... Vai doer e vai doer pra cacete! Minha cara fica vermelha de vergonha pelas vezes que fiz isso com você (me sinto uma filha ingrata de merda e fui).

Mãe, pelas vezes que me disse (em vão) pra não fazer isso ou aquilo, pelas vezes que de fato me impediu de cometer inúmeras besteiras, pelos castigos, por tudo que tentou me ensinar (e ensinou) e até pelas surras que eu (merecidamente sem exceção) levei, MUITO OBRIGADA! Obrigada por relevar as merdas que eu disse, por continuar firme e forte no seu jeito de ser mãe (apesar das reclamações e críticas) pelo seu jeito leoa de ser, por estar sempre por perto, por brigar comigo sempre, sem desistir, por tudo... Você é, sem dúvida, a melhor mãe do mundo!

Se você errou? Não sei. Acredito que mãe não erra. É tão absurdamente difícil ser mãe que não pode haver certo e errado! Foda-se a psicologia, foda-se o que os outros possam pensar! Eu quero ser metade da mãe que você foi e é pra mim. 

Antes tarde do que nunca, né?

Uma vovó babona, cada dia mais!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Confessionário: o que eu não contei

Primeiro de tudo: meu blog não é um blog materno nem é um blog novo. Ele já existe há muito tempo, quando eu sequer pensava em ser mãe. Ele se chamava Criando Teorias, mas como eu não criava teoria alguma, se tornou uma espécie de diário. Diário, porém, é onde se escreve tudo o que se pensa e, no meu caso, isso seria impublicável. Ai eu pensei no nome O Publicável Mundo de Angélica; o nome colou e ficou. Daí que quando eu engravidei acrescentei o Mais Uma, ficou legal e eu deixei, e assim vai ficar.

Diário, publicável ou não, é um confessionário. Nele, escrevemos o que nos alegra, entristece, enaltece ou incomoda. Como nesse momento eu ando muito maternal (por que será?) é normal que o assunto aqui seja esse, pois mundo de mãe de primeira viagem é assim (materno). 

Então, confessando... Ultimamente, inúmeras campanhas defendendo o parto natural surgiram e me colocaram pra pensar. Por isso, resolvi compartilhar como foi o meu parto e a minha opinião sobre o assunto.

Como já disse antes, Luiza não foi planejada (desejada, sempre). Quando descobri a gravidez, não havia antes pensado sobre como meu filho viria ao mundo (conversei uma vez ou outra sobre mas nunca realmente pensei no assunto) e fui fazer o pré-natal sem considerar o parto em si (pois ainda faltava muito tempo). A primeira obstetra que me atendeu só fazia cesárea e eu queria ter a opção (parto normal ou cesárea) e procurei outros. Cheguei à um que me disse que faria parto normal se tudo estivesse bem (e aí eu já deveria ter desconfiado), mas que mais pra frente conversávamos melhor sobre o assunto.Gostei dele, de verdade, me pareceu confiável e iniciamos o pré-natal. 

Apesar de considerar o PN como opção, ainda tinha a idéia de que a cesárea seria melhor para o bebê, que o faria sofrer menos, que o PN arrasa com a mulher, que deixa sequelas, que o bebê pode quebrar a clavívula quando está nascendo... Não conhecia um universo chamado parto humanizado (todo parto humanizado não necessariamente é um PN e definitivamente nem todo PN é humanizado) onde o bem estar do bebê e da mãe são levados em consideração e somente em casos onde realmente é necessária a intervenção, é feita a cesárea.

Minha gravidez não poderia ter sido melhor: calma, feliz e sem intercorrências. Todo mês tinha consulta e como estava casando/mudando de casa/mudando de vida, foi tudo muito corrido e o assunto parto ficou ali guardadinho (com o osbtetra dizendo que marcaríamos uma data, mas que se tivesse tudo bem faríamos PN). 

Casei, mudei de casa e já com 6 meses de gestação era hora de pensar no assunto. Conversei com o obstetra e disse à ele que gostaria de tentar parto normal (foi a primeira vez que eu falei isso explicitamente). De novo, ele disse que marcaríamos a data mas que se tudo estivesse bem ele faria PN. Os sete meses vieram e foram, os oito chegaram e já no final de setembro (com 36 semanas) eu me preocupei com a data do parto. Ele disse que ainda não estava na hora e eu acatei (afinal tudo estava realmente bem com a Luiza e comigo). As 38 semanas chegaram e finalmente a hora de marcar a data do parto também.

Luiza completaria 40 semanas no dia 12 de outubro (feriado). O obstetra então me diz que iria viajar no dia 8/10 e só voltaria no dia 15/10 e que achava melhor fazer antes disso. Oi??? O que aconteceu com tentar a PN?? Eu estava com 38 semanas, feliz e sorridente e pensei imediatamente que havia sido levada na conversa por um médico que NUNCA considerou PN. Só que com 38 semanas, o que poderia ser feito?

Aceitei (cheia de receio), e a cesárea foi marcada para o dia 6/10. No dia seguinte o meu tampão mucoso saiu e ao ligar para o médico ele me recomendou repouso para que a Luiza não nascesse antes do tempo (e, de novo eu acatei). Não conversei sobre o assunto, não li a respeito, não me envolvi e assumo a culpa por isso. Falo em culpa, pelo que aconteceu na sala do parto e que volta e meia me incomoda profundamente.

Luiza chegou ao mundo as 15:25h do dia 6/10, exatamente 25 minutos depois de eu deitar numa sala fria pra tomar anestesia. Não teve emoção da bolsa estourando, não teve dor de parto, nada. Ela foi arrancada da minha barriga e foi direto para as mãos do pediatra que após 5 minutos, colocou no meu colo por 2 minutos e a levou embora para só quase 3 horas depois voltar para os meus braços.

ODIEI!!! Achei frio, me arrependo de não ter lido, conversado, opinado e colocado pé firme para ao menos uma real tentativa de PN. 

Considerações pessoais

De cunho materno: 

Quando nasce o bebê, a mãe quer ter o bebê no colo e ficar com ele. Não tem essa de levar para a incubadora. Minha filha nasceu de 39 semanas e 3 dias, pesando 3,190kg, medindo 49 cm, apgar 9 ao nascimento e 10 após 5 minutos; pra que ficar 2 horas na incubadora?? Disseram que é o procedimento padrão... Então por quê bebês que nascem de PN não ficam em incubadora???

De cunho espiritual/psicológico: 

Sempre achei que era necessário conversar com o bebê ainda na barriga. Isso não li em livro algum, apesar de milhares existirem nesse sentido. Sempre conversei com a Luiza pra dizer a ela que a amava e que era mais que bem vinda na minha vida (tem gente que acha loucura, mas azar de quem pensa assim). 

Próximo ao parto (lá pela semana 37/38) estava lendo o livro "Nossos Filhos São Espíritos" (recomendo até pra quem não tenha filhos e nem pensam em ter) justamente na parte sobre o nascimento. Lá explica que o feto diz o momento que está pronto para nascer e a cesárea é uma limitação no direito do feto de indicar a hora que deseja vir ao mundo. Assim, a cesárea é uma violência com o feto que não está pronto pra nascer. Pensando nisso e na culpa já crescente que eu sentia, começei a dizer a Luiza que ela nasceria no dia tal, na hora tal que se preparasse pra isso pois eu estaria ali a esperando com os braços abertos (por 2 minutos).

O nascimento da minha filha, a coisa mais esperada por mim, foi longe de ser o que eu tinha imaginado. Foi frio, foi impessoal e dói pensar que ela mal ficou comigo quando nasceu (mesmo que depois não tenha saido mais de perto). No meu ver esse primeiro momento - e o colinho da mãe - é de extrema importância para o bebê que sai de um lugar quentinho e escuro e chega ao mundo frio e cheio de luzes e que me foi negado. Tecnicamente, porém, não tenho do que reclamar pois foi rápido, indolor e deixou uma cicatriz bem pequena.
 
Por esses motivos, sou à favor do parto normal onde a criança dita a hora em que está pronta para vir ao mundo e vai direto pros braços da mãe que a espera com muito amor (e leitinho) pra dar.

Quem sabe no próximo?

Apesar de tudo, o amor é enorme e não muda se cesárea ou parto normal

quinta-feira, 9 de maio de 2013

O Meu Primeiro Dia das Mães - Oficial


Esse será o meu primeiro dia das mães. Sim, eu já estava grávida ano passado e me considerei mãe na ocasião mas hoje definitivamente vejo que não poderia, ainda, ter sido considerada mãe.

Mãe é algo muito maior e vai muito além da barriga. A gravidez, em si, é bastante especial mas o bebê tá ali protegido e tranquilo e sinceramente não atrapalha nem muda em nada a sua vida (salvo quando a gravidez é de risco, mas estamos falando de mim, e a minha gravidez foi uma benção).

Sim, desde a barriga a gente ama, planeja, idealiza, se preocupa. Porém, balela perto do que está por vir;  até porque na barriga a gente imagina algo que na realidade é muito diferente (comigo foi assim). Por isso, mãe mesmo eu sou agora (minha filha está com 7 meses).

O que eu descobri com a maternidade:

1) Ser mãe é difícil e é difícil pacas - as dúvidas são sempre as mesmas: Será que estou fazendo o certo? Será que estou dando amor de menos ou amor de mais (se é que isso existe)? Será que ela está comendo o suficiente? Será que o cocô dela está bom? Será que ela tá suando demais? Será que ela está feliz? Será que ela sabe que é muito amada? Será, será, será?

2) Ser mãe é ter sempre sentimentos contraditórios. Lembro que uma vez, depois de exaustivas horas de choro da Luiza, ela finalmente dormiu e eu senti uma saudade absurda dela (mas antes estava puta porquê ela não dormia). Sim, eu amo a Luiza, amo estar com ela, mas as vezes, só as vezes, eu preferia chegar em casa e fazer nada ou sair pra tomar um chopp sem me sentir culpada de não estar com ela (por isso e porquê amamento ainda não fiz isso). Eu odeio a Galinha Pintadinha, mas ontem sai de casa cantando: Borboletinha, tá na cozinha, fazendo chocolate para a madrinha, poti poti... (e eu estava sozinha).

3) Nunca mais eu vou dormir. Não com a tranquilidade e frequência com a qual antes dormia. Depois que se é mãe a vida é uma eterna preocupação. Hoje se preocupa em verificar se está respirando; amanhã se já voltou da night.

4) Ser mãe é extremamente gratificante. Não importa o quanto trabalho você tenha, o sorriso de um filho deveria estar entre as 7 maravilhas do mundo. Nada é mais feliz do que isso. 

5) O real significado da palavra amor só se aprende quando se é mãe. Antes disso, todos os amores são condicionais, temporais ou inexistentes. O amor de mãe é incondicional. Não tem mas, porém ou no entanto. É amor e ponto. 

6) Minha mãe é foda. Isso eu já sabia mas só aprendi a dar valor com o valor que é devido quando fui mãe (e acho que é assim com a maioria). Sabe, ser mãe é muito mais do que parir, muda muito a sua vida, muda a forma como você enxerga o mundo, muda a mulher que você é. Saber resgatar a sensualidade, administrar o lar,  manter um casamento (por 33 anos) e cuidar de 3 filhos é incrível! Mãe, você é minha heroína!

Mãe, esse ser super.


FELIZ DIA DAS MÃES!!!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Sobre a mãe que eu sou

Daí que de repente todas as mães resolveram colocar a boca no trombone. Ou será que sempre o fizeram e eu só percebi agora pois nesse momento estou imersa nesse mundo, digamos, materno?

Eu sempre sonhei em ser mãe, vim com o relógio biológico ligado no modo ser mãe. Mas, confesso, nunca pensei no que isso envolvia. Nunca pensei que minha vida mudaria, nunca me planejei para isso.Ai eu engravidei, não estava casada, nem pensava nisso e fiquei muito feliz com a notícia pois ia ser mãe. E, de novo, não pensei no que isso significava. O então pai da Luiza, virou marido e a gente curtiu muito a gravidez e se preparou como possível para a chegada do bebê. 

Ela nasceu: linda, cheia de vida e sáude; e chorona, e com cólicas e trabalhosa - pronto, aquela idéia do bebê fofo, cheirosinho, nhé nhé morreu. Independentemente disso, eu abracei a maternidade com tudo e fui fazendo aquilo que eu achava certo. 

Sempre quis ser a MELHOR MÃE DO MUNDO. Só que quando a Luiza nasceu e o chororó começou eu me perguntei: Angélica, que caralho é esse de ser a melhor mãe do mundo? Eu tinha aquela idéia, da criança embalada nos tecidos mais suaves, com as roupas mais cheirosas e engomadas, com tudo limpinho, esterelizado e livre de bactérias. A-ham! Senta lá, Cláudia!

Durante o primeiro mês, ferviamos, marido e eu, a água do banho da Luiza. Durante o segundo mês, ferviamos, marido e eu, todas as chupetas da Luiza. Durante o terceiro mês, idem. No quarto mês, ah vá pra casa do cacete essa porra de ferver chupeta, lava com água e sabão. No quinto: caiu pra cima? volta pra boca. Entre outras coisas... 

Luiza começou a comer papinhas e eu colhi um acervo incrível de papinhas gourmet para a Luiza, queria fazer todas, experimentar com ingredientes fresquinhos, colhidos da horta mais confiável e até mesmo pensei em criar uma em casa para que ela tivesse ingredientes sem agrotóxicos; queria tudo orgânico! Mas ai a realidade é que vivemos num país atrasado em que orgânicos além de difíceis de encontrar são muito caros e com o preço de uma batatinha orgânica dá pra levar o hortifruti cheio de agrotóxicos. E de novo, a idéia foi pro cacete e Luiza come suas batatinhas, cenouras, abóboras e espinafre normais mesmo e vamos que vamos!

Luiza começou a ficar no chão e eu na neura de que ninguém podia pisar no tapetinho dela. Só que os outros não pensam como você. Você se preocupa em não respirar na cara da criança e vem uma criança catarrenta e quase come a cara do seu filho. As pessoas pisam no tapetinho, tocam na mão da criança sem lavar as mãos e o que você pode fazer??? Dar chilique e reclamar ou rezar pra que tudo dê certo e que a teoria de que isso é anticorpo tá certa? Até os cinco meses, eu reclamei. Depois, relaxei pois quando o bebê vai pro chão as coisas meio que fogem do controle e se eu for reclamar vou viver reclamando.

Eu tinha uma neura em deixar a Luiza chorar, não queria que ela chorasse nunca. Ai minha mãe e a primeira pediatra (sim, ela já passou por três) disseram que chorar é importante para o desenvolvimento do pulmão e da fala. Mas, quanto é "bom" deixar chorar?? Eu não deixava, passava dois minutos e tava eu ali com ela no colo de novo... Ai me criticavam porque ela ia ficar mimada, dengosa, manhosa e patati patata... E, por outro lado, reclamavam que eu deixava chorar... Vá pra casa do caralho define. Hoje, eu aprendi a dosar: sei quando é manha e quando a coisa é séria e não ligo pros olhares feios de reprovação quando deixo ela choramingar!

A questão é: o que é ser a melhor mãe do mundo?? Como é ser a melhor mãe do mundo?? Decidi, a partir dai, que serei a mãe que eu sou: a melhor para mim (sim, isso é importante) e para a minha filha.

"Faça o que dita o seu coração. Seu instinto de mãe é muito mais importante que mil teorias juntas. As teorias podem cair em desuso por ficarem fora de moda ou por serem equivocadas. O instinto materno é o mesmo a centenas de anos. Ninguém no mundo pode ser, para seu filho, melhor mãe do que você" - Dr. Zalman Bronfman


terça-feira, 7 de maio de 2013

Eu me sinto assim, meio canalha...

Hoje, uma amiga recomendou que eu assistisse o próximo episódio de uma série do GNT intitulada "As Canalhas". O próximo episódio, que será segunda-feira às 23h (e que eu não sei se vou conseguir assistir pois mãe de filho de 7 meses não deveria estar acordada a essa hora ainda mais se o filho em questão não sabe o que é dormir além das 6:30h da manhã e esse horário é a glória) e será sobre o quê??? Maternidade (e esse é o assunto do momento). A chamada do programa, contou ela já rindo, é uma moça dizendo algo tipo assim (não sei exatamente como é a chamada, tá gente): Maternidade?? Sim, que coisa linda... Aquela coisa bonita, que todo mundo quer... Sim, muito bonito... Só que não!! Não tem glamour, não tem tempo para pentear os cabelos, coçar os ouvidos e por ai vai...

Sabe o quê?? Me identifiquei. 

ANTES DE QUALQUER COISA, PELA MOR DE DEUS, não vá pensando que eu não amo ser mãe. Que FIQUE BEM CLARO, eu não só amo como sou também viciada em ser mãe, EU ADORO MUITO! 

Só que vamos lá... Antes de ser mãe, a ignorante aqui achava que era igual comercial da Johnson, sabe em que o bebê e a mãe (linda, maquiada, de escova nos cabelos e bem vestida) tá lá super sorridente com o bebê tranquilo que não chora...

Em que planeta?

Eu tive um choque de realidade!!! Sem exagero, que eu não sou uma pessoa exagerada, mas isso ai de comercial de bebê e mamãe não existe!! Os quatro primeiros meses da minha filha foram bem difíceis e estressantes e as últimas coisas que passaram na minha cabeça foram maquiagem e escova. 

Entre outras coisas... Por exemplo, eu passei uma semana inteira sem lavar o cabelo pois estava tão exausta que isso não parecia importante (mesmo que fedesse e coçasse pra diabo), eu fiquei dois meses sem depilar as pernas (aff define), eu deixei de escovar os dentes algumas vezes por muita preguiça... 

Ai você pensa: "ah, coitada, mas você não teve ajuda??"... Então, tive mais ou menos... eu sou dessas que acho que eu faço tudo melhor e que ninguém faz tão bem como eu. Se você é dessas, mesmo que as pessoas estejam por perto não vai ajudar muito. E tem outra: NO FIM DA CONTA QUEM RESOLVE MESMO A SITUAÇÃO É A MÃE!!! ENTÃO PRA QUE ENTREGAR O BEBÊ NA MÃO DE OUTRA PESSOA SE NO FIM (LEIA-SE QUANDO O BEBÊ JÁ ESTÁ NA ESCALA 10 DA CHORADEIRA) ELE VAI VOLTAR PARA OS SEUS BRAÇOS???

Luiza (minha filha) teve cólicas e foram muitos e muitos dias (começaram quando ela tinha uns 20 dias de vida, aliviaram por volta dos 3 meses e só acabaram de vez  - e todas comemora - por volta dos 4 meses) angustiantes. E quando ela não estava com cólica, ela estava tchan na na nam??? Deixando a mãe descansar, assistir tv ou ler um livro??? Lógico que sim (só que NÃO!!) Ela estava mamando!!! Ou seja, durante quatro meses foi um tal de segura bebê por conta da cólica ou segura bebê pra dar mamar!! E por mais que isso (amamentar) seja apaixonante ( e é, juro que é) é cansativo pra cacete!  Muito cansativo! E sim, eu pratiquei e pratico (quando estou com ela) livre demanda!

Agora me responde. Em que planeta a mãe que está mega cansada consegue pensar em maquiagem e escova??? Olha, admiro muito as pessoas que conseguem pensar nisso (desde que cuide do seu filho, não vale para as que tem babá)!!

Minha opinião sobre maternidade: É bom, é muito bom; te torna mulher (de verdade), te traz uma sensação de poder inabalável, te dá prioridades, te faz aproveitar o tempo como ninguém, te faz sentir plena.  Agora, decorar a maternidade com florzinha e pasta americana é uma puta sacanagem com quem ainda não foi mãe!

Minha opinião, tá gente?

Ai, por isso, eu tava aqui pensando que esse programa poderia ter sido escrito por mim... Hahahahaha!!!

Momento calmo e tranquilo, mas sem mamãe maquiada e com escova...