quarta-feira, 15 de maio de 2013

Criticando a mãe alheia


Eu sou do tipo que literalmente sempre cagou pro que os outros pensam. Era total adepta do falem mal, mas falem de mim e pensava que opinião é igual bunda, sabe? Cada um tem a sua.

Só que aprendi uma coisa com a maternidade: não se critica a mãe alheia (nunca). E daí, que quando o assunto é a forma como cuido da minha filha (ou qualquer coisa relacionada a ela), eu me preocupo com o que os outros falam: se for crítica eu fico mordida (leia-se emputecida com os olhos ardendo em ódio) e se for elogio eu fico me sentindo (leia-se cheia de orgulho).

Porque a forma como cuidamos de nossos filhos é muito pessoal (perdoem a redundância) e o particular de cada mãe é assunto indiscutível. A bandeira que eu levanto é: JAMAIS CRITIQUEM A MÃE ALHEIA.

Você não sabe quem é aquela mãe, o que ela passou ou passa, como ela foi  criada, em que condições (ou sem condição alguma) cria seu filho. Não sabe se é mãe solteira ou com marido (que ajuda ou atrapalha), não sabe se ela está num dia ruim, se está cansada, se está com dor de cabeça, se tem dois empregos pra cuidar do filho ou se simplesmente optou por ir a manicure pois não aguentava mais roer cutícula.

Tem mãe que cria filho pra si, mãe que cria pro mundo e mãe (como eu) que cria pra si e pro mundo. Tem mãe que amamenta e curte (EU EU EU), tem mãe que amamenta por obrigação e tem mãe que não amamenta. Tem as que não amamentaram porque não puderam e as que não amamentaram porque não quiseram. E quem somos nós pra julgar?

Falo isso porque já me peguei criticando a mãe alheia e também já fui criticada. E dói. Dói porque lá dentro incomoda de alguma forma. Quem não quer ser o modelo de super mãe, livre de falhas e elogiada por todos?? Quando o assunto é filho, acho que a maioria (olha a crítica implícita) é leoa e está pronta pra grunhir, esfolar e até mesmo matar ao sinal de qualquer ameaça e isso inclui receber críticas.

Cada mãe é única e o meu jeito de cuidar pode não ser bom pro seu filho. O meu jeito de ser mãe (que é meu e de mais ninguém) é bom (espero) pra mim e pra minha filha. Assim, vamos lá: ninguém é melhor ou pior mãe porque pariu naturalmente ou teve cesárea, ninguém é melhor ou pior mãe porque amamenta ou não, ninguém é pior ou melhor mãe porque deixa ver televisão ou não, ninguém é melhor ou pior mãe porque não deixa o filho chorar ou permite que chore. 

Os seus motivos são seus e cada uma sabe onde a ferida coça. Assim como os conselhos do pediatra, que nem sempre devem ser levados em consideração - POIS ELE NÃO DORME NA NOSSA CASA, guarde seus comentários pra si e continue sendo a mãe que é ( e torça pra não ser criticada).

Se não é mãe ainda: - "Perdoe PAI, elas não sabem o que dizem!" (Sim, a coisa é meio Jesus Cristo mesmo).


                  

3 comentários:

Musa Magalhães disse...

Concordo plenamente com tudo! E é verdade, não existe nada que abra uma ferida numa mãe que a crítica! Depois que somos mães, chamem-nos de baranga mas nem mencionem falar mal de nós como mães! rsrsrs

Totalmente minha bandeira também, não critique, e além dessa: "só ajude quem quer ser ajudado". Porque conselho só é bom quando a gente quer ouvir!

PS: Seu email ainda é aquele do gmail? Tentei falar com vc nesse do gmail e no da empresa e não tive resposta, não sei se vc tá enrolada p responder ou não recebeu. rsrs

Beijocas.

Anna Carolina Schwarz de Oliveira disse...

Perfeito...adorei conhecer seu blog. Bjks

Flávia disse...

Isso também serviu de lição para mim. Antes do Trick e depois são muito claros em relação as mães alheias, criticar jamais, rsrsr.